EFEITO ADVERSO OFTALMOLÓGICO PELO USO DE HIDROXICLOROQUINA E SEUS ANÁLOGOS
uma revisão bibliográfica
DOI:
https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.412.vol.15.n2.2020Palavras-chave:
Hidroxicloroquina, Retinopatia, Efeitos AdversosResumo
A cloroquina (CQ) e a hidroxicloroquina (HCQ), devido a seus efeitos benéficos, têm sido amplamente utilizados em diversos cenários de terapêutica médica. No entanto, deve-se levar em consideração os importantes efeitos adversos associados à essas drogas, sendo o mais temido o potencial dano oftalmológico, especificamente ao nível da retina. Inicialmente, a CQ foi desenvolvida para o tratamento da malária falciparum, no entanto, no cenário atual é amplamente utilizada em diversas áreas médicas. O risco de toxicidade dessa droga depende da dose diária e da duração do uso, sendo que suas reações adversas podem atingir o trato gastrointestinal, sistema hematológico, neurológico, neuromuscular, dermatológico e cardiológico, sendo, no entanto, os feitos oculares os mais preocupantes, sendo a característica clínica mais conhecida da retinopatia por HCQ a maculopatia bilateral em olho de boi. A fim de minimizar seus efeitos adversos, é preciso que seja feita uma triagem dos pacientes antes do início da terapia com HCQ ou CQ, onde deve ser realizado um exame inicial para avaliar quaisquer condições oculares complicadas, o grau de risco e estabelecer um registro da aparência do fundo e campo visual. Até o momento, nenhuma terapia medicamentosa testada apresentou-se eficaz na prevenção ou no tratamento da retinopatia induzida por HCQ ou CQ. É imprescindível a importância de um acompanhamento dos pacientes em uso dessas medicações. Apesar do risco relativamente baixo esses danos podem ser irreversíveis, mas quando detectados precocemente, maiores serão as chances de que se tenha a preservação da capacidade visual ao suspender o tratamento.