Alopécia Sifilítica Difusa Essencial: Relato de Caso
DOI:
https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.277.vol.15.n3.2020Palavras-chave:
sífilis, sífilis secundária, alopéciaResumo
Introdução: A sífilis é uma doença de alta e crescente prevalência no Brasil. Entre os sinais e sintomas da sífilis secundária, a alopecia é uma manifestação incomum, e quando é o único sinal clínico da infecção secundária, se torna uma condição ainda mais rara da doença. Objetivo: O intuito deste relato é alertar quanto ao diagnóstico da sífilis diante desta manifestação rara de uma doença que ainda é frequente em nosso meio. Descrição do caso: Paciente sexo feminino, 51 anos, iniciou, há cerca de três meses, queda acentuada dos cabelos. Negava problemas emocionais, porém referia relacionamento conflituoso com o último parceiro. Ao exame, apresentava alopecia não cicatricial sem sinais inflamatórios e grande quantidade de pelos velos à tricoscopia. Foram solicitados exames laboratoriais e os resultados apresentou VDRL 1/256. Prescreveu-se benzilpenicilina para tratamento da sífilis, assim houve diminuição da queda capilar e repilagem completa do couro cabeludo, após 4 meses da consulta inicial. Discussão: Os exames clínicos, histopatológicos e tricoscópicos da alopecia sifilítica podem se assemelhar a outras doenças capilares. Quando associada a eritemas cutâneos típicos da sífilis ou linfadenomegalias, a hipótese de alopecia sifilítica é mais forte e pode ser confirmada com testes sorológicos. Conclusões: Em casos de alopecia, inclusive de forma isolada, deve-se considerar a sífilis como uma das hipóteses diagnósticas do eflúvio telógeno, já que é uma doença que apresenta diversas manifestações clínicas, sendo imitadora de várias dermatoses.
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